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Para falar um pouco sobre meu trabalho escolhi a xilogravura Ascendente/

Descendente , porque para mim ela é especial por ter atingido uma alta qualidade de gravação. Ela parece ser absolutamente aleatória, mas nem tanto. A madeira, uma canela, estava muito machucada. Não tinha como desbastar pois uma matriz de canela não pode ser muito fina senão quebra. Observei a prancha durante um bom tempo até notar que sua configuração parecia ter movimento. Então fiz mais uns buracos para

acentuar esse movimento. Fiz então a primeira prova de estado sobre papel de pão e foi aí que a configuração da gravura ficou clara. Os efeitos que desejava não via como fazer com goiva, me servi então de prego, palhinha de aço, entre outras “ferramentas”, sempre de forma cuidadosa e parando para observar, fui fazendo incisões até considerar que tinha alcançado aquela percepção da primeira prova. Fiz a segunda prova e mais

algumas incisões. Tirei a prova de impressão e um tempo depois fiz uma tiragem em “papel de seda japonês “.

Esse modo de fazer pode ser generalizado para outros trabalhos, uns mais

aleatórios e outros previamente desenhados. Mas sempre a partir do que se me apresenta à visão, como diz Pessoa:

“Tenho o costume de andar pelas estradas

Olhando para a direita e para a esquerda,

E de, vez em quando olhando para trás...

E o que vejo a cada momento

É aquilo que nunca antes eu tinha visto,

Ascendente/Dessendente,1979 40x30 cm R$ 160,00

R$ 160,00Preço
  • Ascendente/Dessendente, 1979

    40x30 cm

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